Nem todo caminho é direto — às vezes, ele dá voltas dignas de um bom romance policial.
Desde que me entendo por gente, contar histórias sempre foi parte de quem eu sou. Quando criança, passava horas no meu “escritório improvisado” criando pequenos livros cheios de personagens excêntricos e tramas mirabolantes. Claro, muitos desses enredos tinham mais furos do que um queijo suíço, mas, olhando pra trás, vejo que cada tentativa me ensinou alguma coisa. A sementinha já estava plantada.
Curiosamente, crescer numa cidade do interior só aprofundou minha paixão por literatura. Afinal, sem muitos lugares para ir, a biblioteca parecia um local bacana pra passar um bom tempo. Foi lá que conheci autores como Agatha Christie e James Patterson — e pronto, estava fisgado. Aqueles mistérios tensos, as reviravoltas inesperadas e os personagens que escondiam segredos me mostraram que o crime na ficção podia ser fascinante. E eu queria fazer parte desse universo, de alguma forma.
Depois do colégio, decidi aprender inglês. Como não tinha grana pra cursos formais, fui no modo autodidata mesmo: livros, vídeos, internet. Em dois anos, já estava traduzindo alguns romances de autores independentes do inglês para o português. Foi assim que comecei a trabalhar com editoras estrangeiras, incluindo a Next Chapter, uma parceira importante na minha trajetória.
Traduzir parecia uma evolução natural da minha paixão por idiomas e escrita. Aprendi várias coisas, desde lidar com ferramentas de tradução a adaptar uma história sem perder sua essência. Foi um processo cheio de tropeços, mas que me ensinou muito, principalmente sobre ritmo narrativo, tom, e o que realmente “prende” um leitor.
Com o tempo, minha vontade de criar as minhas próprias histórias ficou impossível de ignorar. Tive a ousadia de perguntar à Next Chapter se, além de tradutor, eu poderia ser autor também. Para minha surpresa, eles disseram sim. E foi assim que publiquei meu primeiro livro — um suspense, claro.
Antes disso, escrevi textos de não ficção sobre curiosidades históricas para um site especializado. Mas meu coração sempre bateu mais forte pelos mistérios da ficção criminal. Gosto de explorar o lado obscuro do ser humano, de criar tramas que fazem o leitor questionar tudo e de construir personagens que escondem mais do que mostram.
Hoje, não faço mais parte do quadro de autores da Next Chapter e fiz uma pausa nas traduções, já que meu foco está em criar minhas próprias histórias. Por isso, se você gosta de reviravoltas, suspeitos improváveis e finais que surpreendem, te convido a seguir comigo. Aqui é só a introdução — e ainda vem muitos outros capítulos pela frente.
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